Self

Psique: Evitar emoções é comprar problemas

Crédito: Metrópoles

afetos

O beijo perdido, a hesitação diante do passo, a palavra calada, a mão que não alcança o almejado. Depois da consciência da morte, a segunda maior frustração humana é perceber a impossibilidade de realizar tudo de bom que a vida nos inspira a querer viver.

Dessa limitação derivam todas as emoções ruins de sentir: a raiva, o medo, a angústia, a melancolia, a inveja, a impaciência. Tudo aquilo que, se pudéssemos evitar, manteríamos fora do nosso repertório. No entanto, é justamente a partir dessa incapacidade, e das emoções por ela inspiradas, que descobrimos quem verdadeiramente somos.

Dar espaço a essas emoções se torna indesejável porque, em geral, elas costumam se apresentar da sua forma mais bruta e contundente: como afetos. Eles chegam audaciosos, sem avisar nem pedir licença, desafiam até mesmo a fronteira dos bons costumes e das convenções sociais. Não se contentam apenas com essa intromissão na psique, mas também atravessam o corpo, onde imprimem um novo compasso, uma nova fisiologia. Transtornam a ilusão de controle do “eu”, que fantasia de autodeterminação.

Resistir faz persistir
Quando tentamos barrar-lhes a entrada, os afetos mostram ainda mais o seu poder. Camuflam-se de outras emoções, aparentemente mais bem aceitas. Porém, com elas se irmanam, ganham força e, no momento mais inoportuno, denunciam o que tentamos evitar.

Às vezes, um simples gesto provocado pelo outro é o gatilho suficiente para fazer desaguar uma foz caudalosa. Surpreendemo-nos tanto com sua intensidade, a ponto de desconhecermos as atitudes cometidas enquanto estávamos sob seus domínios. “Nem parecia ser eu”, dizemos. E, de fato, a avaliação é correta: estar “afetado” é como estar possuído por um ente estranho, por um outro ser que desconheço.

Crescer é saber sentir
Amadurecer depende, entre outros fatores, da capacidade que temos de vivenciar as emoções de forma produtiva. Isso se dá quando conseguimos atribuir-lhes um significado, uma função para participarem do momento em questão. Por essa razão, refletir sobre as nossas experiências, e principalmente sobre como somos atingidos por elas, é importante para o desenvolvimento da consciência.

Inclusive, esse é o grande exercício do autoconhecimento: compreender como reagimos à manifestação de cada afeto é aprender sobre os valores latentes de nossa alma. É ela quem determinará como conseguimos explorar o que é agradável, e também sobre a forma como toleramos o que nos descontenta.

Emoções viram doenças
Quando a situação invoca afetos negativos, ou intensos demais à compreensão da consciência, a psique elabora uma espécie de mecanismo de defesa para que possamos suportar a experiência. As emoções relativas ao fato são fragmentadas e o que “transborda” é acondicionado no inconsciente. O problema é que, dessa forma dissociada, a memória do afeto assumirá um caráter nocivo.

Uma vez que o indivíduo se depare novamente com alguma situação que remeta à emoção original, ela tenderá a se expressar de forma tortuosa. Ao interferir, o afeto dialoga com o corpo e com a psique. Essa manifestação poderá se dar a partir de desconfortos emocionais, mas também de sintomas físicos. Essa é a base para a compreensão dos fenômenos psicossomáticos, a causa dos adoecimentos.

Aceitar para se libertar
Compreender esse mecanismo não nos faz imunes da ação dos afetos. Mas nos oferece uma fórmula para lidar melhor com eles: a aceitação. Encare aqueles desconfortáveis como uma visita indesejada que, por pior que seja, tem sempre uma função de estar ali. Escute o que ela tem a dizer, antes de querer manda-la embora, pois certamente será útil e benéfico, além de causar menores desgostos.

Jung ensina que nossas emoções são como deuses, capazes de abençoar ou amaldiçoar, a depender do nosso grau de reverência. Reconhecer nossas limitações, enquanto humanos, é como saber se portar diante de um deus. Só assim podemos ser dignos de graça.

Psique: Paris e Rio Doce – o horror e a “solidariedade estética”

Crédito: Metrópoles

RJ - PARIS/ATENTADOS/CRISTO REDENTOR - GERAL - O monumento do Cristo Redentor é visto iluminado com as cores da bandeira da França, no   Rio de Janeiro, neste sábado (14), em homenagem às vítimas dos ataques terroristas em   Paris.    14/11/2015 - Foto: ALEX RIBEIRO/ESTADÃO CONTEÚDO

No início deste ano, foi noticiado que, num período de dois dias, dois mil seres humanos foram exterminados na Nigéria por grupos radicais islâmicos. A Nigéria é longe. É desinteressante. É pobre. É inexpressiva. Qual é o ponto turístico da Nigéria? Qual o grande monumento? Que lugar ocupa na fila do glamour? Onde se faz um bom selfie na Nigéria?

Em Paris, não. É tragédia sem precedentes. Dá dó. Preocupa. Pray for Paris. Graças a Deus, meus amigos que vivem lá estão bem. O mundo não pode continuar assim, tenho de expressar minha revolta. Vou usar aqui o aplicativo da rede social para pintar minha fotografia com as cores da bandeira francesa.

Não é a geografia que separa Nigéria, França, Síria e demais lugares assolados pelo terrível fundamentalismo. Nem é o ódio: todos os ataques são motivados pela intolerância, pelo desejo de extermínio de tudo que é diferente. É a imagem que distingue tais nações. Ou, como ressaltou um amigo: “até a solidariedade é estética!!”.

Dois pesos, duas medidas
Esse é um ato de terror que cometemos sem perceber. O mendigo loiro e de olhos azuis ganha espaço nas mídias, enquanto o coração dispara apreensivo na aproximação do rapaz negro na calçada. A piada sobre o nordestino, a travesti, o macumbeiro, o aleijado… Tudo isso ofende menos do que o xingamento que recebo quando cometo alguma atrocidade no trânsito.

Na mesma semana, nosso país se deparou com o maior desastre ambiental da história. Uma população foi engolida pela lama. Resíduos tóxicos mataram um rio, e levarão um rastro de dano que irá desembocar no oceano. Não é preciso ser vidente para saber que a contaminação amaldiçoará gerações. Mas onde mesmo fica Mariana?

E se a lama da desgraça manchasse Ipanema, Copacabana? Se a vila atingida fosse Trancoso? Se as lembranças das últimas férias fossem maculadas? Certamente, a rede social providenciaria um aplicativo para alterar fotos de perfil. E a solidariedade seria instantânea.

A empatia é um afeto que se apresenta quando conseguimos nos ver no lugar do outro. E isso é muito mais fácil de acontecer quando reconheço o outro como um semelhante. Ou quando vejo o outro como um modelo a ser seguido. Duro é reconhecer a necessidade de quem não me assemelha.

Além disso, a “solidariedade estética” pouco faz em resultados práticos. Costuma não passar da fotografia, da frase indignada. É insuficiente para transformar, pois dura apenas o período de ebulição do assunto. Natural que seja assim: em nossa vida, só perdura o que vem da alma.

Encenar o bem
Todos nós investimos em personas, ou seja, papeis sociais que assumimos frente ao mundo. Os valores cultivados aí são oportunistas e utilitários. Somente investimos neles enquanto nos gratificam. E a principal gratificação que vem da persona é ocultar temas perturbadores, controversos, que nos colocam em contradição.

Dessa forma, a solidariedade estética pode apontar justamente para sua sombra: o egoísmo, a incapacidade de enxergar o mundo pelos olhos do outro. Olhe o parisiense e o membro do estado islâmico; o dono da mineradora e o ribeirinho afetado pelo desastre. Encenar o bem é diferente de fazer o bem. A compaixão vai além das diferenças.

Não questiono tudo isso para comparar tragédias. Dor e sofrimento são medidas intransferíveis. As duas, e as demais que fazem o mundo soluçar, merecem nossa atenção plena, nossa contribuição plena. Isso só se faz com a verdade de sentimentos.

Crises apontam para o colapso, ou para a transformação. Tudo dependerá do trato que assumirmos. Por aqui, seguimos morrendo. Vi numa charge que Deus resolveu tirar férias. Primeiro, temi por parecer verdade. Mas não: certamente, Ele está mais atento do que nunca. Distraídos estamos nós.

***

Sento para escrever esse texto, ligo a seleção aleatória de músicas do meu computador. A primeira que toca é o Hino Nacional Brasileiro, gravado por Fafá de Belém em 1985, no álbum Aprendizes da esperança. Eu tinha cinco anos. Não entendia nada do que ocorria com o cenário político da nação. Mesmo assim, chorava cada vez que a canção era repetida.

No começo, minha mãe se preocupava, depois virou piada familiar. Isso aconteceu incontáveis vezes, afinal a música foi o tema das Diretas Já, da comoção pela morte de Tancredo. Desta vez, tocou e não chorei. Algo mudou em mim. Amargor da desesperança, sobriedade do amadurecimento? Temo que, como ocorreu na minha infância, os temas que trago nesse texto passem a ser tratados como algo banal. Ou, pior: virem motivo de piada.

Psique: Nutrição emocional para a boa saúde

Crédito: Metrópoles

nutrição

 

Uma vida saudável depende de bons hábitos alimentares: avaliar o que se ingere para saber como o corpo assimilará cada nutriente. Tem coisa que não cai bem, e precisa ser evitado. Outras, mesmo que não estejam na lista dos sabores favoritos, são necessárias para que o funcionamento se mantenha harmônico. Saiba o que comer para viver bem. Literal e metaforicamente.

Atenção para as fontes: a procedência faz diferença. Nem sempre podemos escolher os conteúdos que vamos consumir. Às vezes, as circunstâncias nos empurram coisas goela abaixo. Mas, quando estamos bem alimentados, essa perturbação não durará muito tempo. Logo saberemos ingerir algo que neutralize os efeitos prejudiciais da intoxicação. Para esses casos, um bom amigo pode ser o antídoto. Ele ajudará a metabolizar o veneno alheio, e até sustentará se tivermos de botar para fora o veneno que invade.

Perca as gorduras que limitam a vida. Ter um olhar providente é imprescindível para que não fiquemos rendidos. Mas não adianta querer fazer do acúmulo de recursos uma saída para a vida. Isso denuncia a falta de confiança no futuro: você não precisa de estoque de energia, você não ficará sem. Tudo aquilo que excede compromete tanto quanto a falta. Avalie, de forma leal, do que precisa para viver.

Mantenha atenção na firmeza dos ossos, para que tudo possa se sustentar bem. O esqueleto é a base mais firme, menos mutável, o radical da nossa existência. Representa nosso limite natural, nossa ancestralidade. Molda nossa estrutura, o formato que temos. Tudo aquilo que calcificamos na vida é osso: as heranças, os conceitos que cultivamos, nossas convicções. O mundo pode tentar entortar certas formas, mas temos de aprender a resistir para fortalecer.

Mas não se pode descuidar das articulações. A capacidade de flexibilizar é imprescindível para manter o movimento, a fluidez. Nisso, recomendo dois alimentos fantásticos: a dúvida e o argumento. Eles impedem a artrite da tirania. A escuta também ajuda muito, sem ela não conseguimos articular nada: um bom pensamento, uma boa relação, tudo depende da capacidade de troca. Isso revigora a gelatina que une nossos valores mais profundos.

Invista no desenvolvimento muscular, para ganhar a força necessária para os desafios. Fazer corpo mole diante das dificuldades atrapalha o organismo todo. A capacidade de enfrentamento tende a nos levar a desafios ainda maiores. Mas também às melhores recompensas. A primeira delas é de não sofrer tanto quando estamos diante dos pesos que precisamos carregar. Um bom suplemento: a coragem.

Para finalizar, ouça o que suas vísceras falam para você. Elas saberão falar das suas necessidades mais profundas, sinalizam de cara sobre aquilo que lhe fará mal e deve ser evitado. Confie. Também é das vísceras que virão aquelas salivações estranhas, que remetem a coisas bem específicas.

Um prato de mingau, com terno sabor de infância. Um acarajé apimentado, que transborda lascívia e paixão. Experimente o prato exótico, que você arrisca sem saber se o sabor agradará. Coma a fruta azeda, que te fecha o semblante, mas que evitará a contaminação de um agente nocivo. Em excesso, tudo isso pode fazer mal. Mas, às vezes, está neles o nutriente nos falta.

***

Clique aqui para ler Psique no portal Metrópoles.

Psique: Se tiver algo a pedir a Deus, peça coragem

crédito: Metrópoles
eu te desejo coragem

Pode ser aniversário, casamento, Natal, trabalho novo. Em qualquer ocasião, tenho me percebido repetir um voto: coragem. Irrestritamente, a quem quer que seja. Dos mais amados, aos meros conhecidos, até mesmo para quem não carrego muita simpatia. E o faço por perceber que o mundo está carente desse atributo.

Coragem é diferente de valentia de brigão, de quem se justifica pelo fogo nas ventas. Esses aí estão muito mais comprometidos com a afronta do que com o resultado que deriva da batalha. Sofrem mais com a ideia de serem julgados incapazes diante do outro. Mas não sabem exatamente o que querem fazer com os recursos que têm. Perdem tempo tentando provar que são fortes. E isso também não é força.

A etimologia latina da palavra ensina que quando a ação (-aticum) brota do coração (cor-), essa será uma atitude corajosa (coraticum). Para os gregos, era no centro do peito que moravam nossas emoções. E dali partia o ímpeto que conduzira à ação – a tal da “força de vontade”.

Inveja é covardia
Uma boa vida depende de coragem para se realizar. O indivíduo covarde é aquele que foge do enfrentamento das limitações que lhe são impostas. É verdade que nem toda barreira pode ser transposta. Ser corajoso é compreender isso também. E que, para que algo se dê, um preço será cobrado. Ciente disso, cabe arriscar. Perder é sempre uma possibilidade, mas nem sempre uma certeza. A vida do corajoso se foca no acerto.

Quando falo em enfrentamento, não estou aqui seguindo o discurso do “matar um leão por dia” – é um pavor viver assim. Só temos um bicho a encarar: o que nos habita. Ele nos consome pelo comodismo, pela procrastinação, pela ambição descomunal diante do esforço que nos dispomos a empreender. O mundo cerceia a todos. O corajoso se diferencia por não usar esse argumento para justificar sua situação.

Uma boa régua para medir a covardia é a inveja – no caso, com medidas inversamente proporcionais. Quanto mais invejoso, menor a capacidade de se deixar envolver por aquilo que planeja. Quem consegue de fato torcer pelo sucesso do outro é o verdadeiro valente. Maior ainda é a valentia de quem vê o outro crescer sem se desesperar.

Desenvolva a virtude 
Coragem é a chave-mestra, melhor que qualquer reza ou simpatia. Abre os caminhos para o trabalho, leva à entrega a um novo amor, desperta a saúde no corpo adoecido, revela o lado obscuro da alma. Permite as reviravoltas que levam a vida pra frente. Se tiver algo a pedir a Deus, peça coragem. Com ela, o resto vem.

A covardia, por sua vez, é como uma maldição. Tudo fica mais difícil, o fluxo estanca. Destacam-se os inimigos que cobiçam o que é seu. Até a feiura se realça: nada pode ser feito para deter o destino cruel. A reclamação vira fiel companheira – uma parceria bem egoísta, daquelas que exige exclusividade. Sim, gente covarde acaba sempre só. No máximo, cercada por semelhantes.

Dizem que coragem é questão de sorte, ou de temperamento. Acredito que é como fazer um destro escrever com a mão esquerda: uns terão mais facilidade para aprender, outros não. Mas, a priori, todos são capazes de desenvolver. Aos que ainda não atentaram a essa necessidade, eu desejo coragem. Aprendi a querer para o outro o que quero para mim.

***

Clique aqui para ler o texto no portal Metrópoles.

Psique: Por onde andei

crédito: Metrópoles. por onde andei

Primeiro achei que seria sujeira. Depois vi que era mesmo o desgaste que marcara determinada região do tapete de meu consultório – um daqueles feitos com recortes de couro de boi. Justo no lugar onde repousam os pés de meus clientes, uma clareira se abriu entre os claros pelos. Cada milímetro na mancha de couro nu denuncia a angústia dos que ali sentam.

Os pés que se movimentam ali, inquietos, traduzem outros passos – os dados fora do consultório, na vida. Caminhos que gostariam de esquecer, outros que prefeririam ter percorrido. A hesitação se apresenta como um frear. A insegurança finca os pés no chão. Difícil mesmo é encontrar alguém que se permita relaxar sobre a poltrona, deixando que os solados acarinhem o solo.

O movimento se dá quando, enquanto confessam suas memórias e fantasias, o corpo é atravessado por uma série de outras emoções: tristeza, euforia, raiva, melancolia, nostalgia, rancor. São elas que arrancam, fibra a fibra, os pelos da tapeçaria. Isso traduz a força dos afetos. Quando nos visitam, imprimem marcas profundas na psique e no corpo.

O afeto é uma emoção ativa, capaz de provocar alterações no nosso estado de espírito. Imprime uma nova marca, nos coloca em outro ritmo. É vivo, mobilizador, tem vontade própria e é voluntarioso: não se convence a ficar quando é desejado, permanece mesmo quando não é querido. O ego, aquele que acha que manda no que somos, muitas vezes trava com o afeto uma luta inglória. Quer dominar, sente-se superior, mas acaba sempre submetida a essa força superior, primitiva, imensurável – age como a ilha que busca ignorar estar sujeita aos desígnios do oceano.

Exercício de reflexão
Quem pisa em meu tapete quer buscar estratégias de alívio a afetos perturbadores. Mas logo entendem que a análise nada mais é que um exercício regular de reflexão. Ao soltar histórias no chão e debruçar-se sobre a própria vida, aumentamos a chance de reconhecer nos fatores de incômodo uma função, um sentido na existência. Somos o que gostamos de ser, mas, principalmente, precisamos aprender a conviver com os conteúdos negados que nos habita. E a tal felicidade (prefiro dizer “bem estar”) aparece quando nos pacificamos com esse nosso avesso.

Obviamente, essa compreensão não leva ninguém a querer cultuar o desconforto. Não é essa a função. Mas precisamos aprender a entendê-lo como uma limitação que nos oferece a chance de desenvolvimento. Uma grande parte da falha do carpete surgiu de discursos apaixonados, contra pessoas e situações que levavam ao descontentamento. O tempo e a compreensão mostraram que os alvos de crítica eram, na verdade, o canal mais adequado para que a vida se ajustasse.

Decidi que a marca no tapete continuará ali, até que surja um rasgo que não caiba remendo. Ela não representa um dano patrimonial. É justamente o contrário: pelas histórias que testemunha e registra a cada sessão, sinaliza o orgulho de meu ofício. Impregnado de afetos, ele sustenta não só as poltronas nas quais sentamos. Ele é o território, no qual aprendemos, eu e meus clientes, a perceber a vida.

***

Clique aqui para ler o texto no portal Metrópoles.

nivas gallo