O sonho terapêutico
A melhor forma de potencializar a utilidade dos sonhos é observá-los com seriedade. Não se trata de uma simples interpretação, onde significados são atribuídos de uma forma simplória para cada elemento os compõe. Jung ensina que o mesmo elemento pode ter sentidos diversos a depender de cada sonhador: as experiências pessoais é quem vão dar o tom que cada imagem onírica quer transmitir a cada pessoa. Por exemplo: para algumas pessoas, um cachorro pode sinalizar fidelidade e lembranças alegres; para quem tem medo de animais, pode representar uma ameaça.
A construção de um caderno de sonhos é o primeiro passo para quem quer aprender a dialogar com as imagens vindas do inconsciente. Relatar as experiências oníricas ajuda a organizar os conteúdos psíquicos que se manifestam noite após noite. A partir de uma série de sonhos, pode-se entender mais sobre os processos transitórios da vida.
Além do registro, o processo de amplificação do sonho, desempenhado com o auxílio de um analista, funciona como um potencializador para os resultados. A partir da observação das imagens , sonhador e terapeuta correlacionam elementos surgidos espontaneamente à realidade vívida – frustrações, expectativas, escolhas, relacionamentos etc. Nisso consiste um dos principais pilares da psicoterapia ou análise junguiana.