Self

Outras Ondas – Para o novo ano, eu desejo que todos…

 

 

Invistam mais em planos e menos em ilusões. São diversos os obstáculos que a vida nos oferece, assim como são inúmeros os recursos dos quais podemos nos valer para nossa realização. Nem tudo está sob nosso controle e poder de decisão, é verdade. Mas grande parte dos projetos que ficam para trás, no esquecimento, deriva da falta de perseverança. A dificuldade de esperar pelos bons resultados faz com que abortemos ideiais, traindo nossos sonhos. Acabamos por assumir um discurso conformista – ou, na pior das hipóteses, vitimário – para justificar aquilo que não se desenvolve. Fé e persistência são indispensáveis para a realização de qualquer propósito.

Priorizem relações e não idealizações. Ainda não encontramos uma medida adequada para lidar com as diversas possibilidades de comunicação do mundo contemporâneo. Muitas vezes, o mau uso faz com que o efeito seja reverso: em vez de aproximar, os novos canais de interação servem para isolar cada um em um universo particular. Desaprendemos o exercício da confiança, do contato direto, do olho no olho. E contentamo-nos com curtidas e comentários nas redes sociais. Esse universo reluzente, milimetricamente calculado para a beleza e para o acerto, pode induzir a uma visão distorcida do mundo e de nós mesmos, capaz de despertar terríveis consequências: aniquila a autoestima daqueles que se veem alijados do mundo da perfeição, levando-os ao isolamento ou a uma busca incessante pela perfeição. Encontre amigos, conheça gente, interaja. Nos contatos diretos, as pessoas podem ter muito mais a compartilhar.

Administrem melhor as emoções. Não determinamos aquilo que sentimos. O tempo inteiro, somos invadidos por uma gama de afetos, com intensidades variadas, que determinam nossa vida emocional. Na maioria das vezes, eles se apresentam sem ser chamados. Boas ou ruins de se sentir, as emoções determinam a forma como cada um de nós se relaciona consigo, com o outro e com o mundo. E o grande desafio é saber administrar aquilo que povoa minha alma. Culpar agentes por aquilo que sentimos é uma atitude primária, pueril: nada ou ninguém é responsável por aquilo que você sente, nem será capaz de atenuar sua condição. Também não tente resistir: as emoções tem sempre algo a ensinar, uma razão para se apresentar naquele determinado momento  e a hora certa de ir embora. Evitá-las é um exercício vazio e nocivo, pois pode despertar a tirania dos afetos, fazendo com que persistam e perturbem ainda mais, como uma visita desagradável quando é contrariada. Aprender a conviver com o que lhe atravessa é uma atitude libertadora, uma vez que evita vínculos perniciosos com as supostas origens do nosso sofrimento.

Cuidem mais de si próprios. Dedicar-se ao outro é um gesto grandioso, mas somente quando se dá de uma forma plena e desinteressada. Infelizmente, raro de acontecer. Na maioria das vezes, o cuidado é a linguagem adotada para determinar importância e despertar a necessidade de convivência no outro. Obviamente, poucos são os que agem dessa forma conscientemente, por maledicência. Usado erroneamente como expressão de amor e atenção, o cuidado acaba por retirar do outro a oportunidade de crescimento pelo erro. Quem cuida demais dos outros acaba por esquecer-se de si. E pode sofrer com a carência da desatenção: sente-se injustiçado, magoado, como se o mundo devesse restituir o tempo e a energia empregados. Não se trata de uma apologia ao egoísmo, mas é preciso saber equilibrar o olhar que temos sobre o outro com aquele que precisamos ter sobre nós mesmos, sob a pena de estarmos constantemente insatisfeitos com a realidade, frustrados por não sermos aquilo que desejamos ou de não termos no outro a recíproca da nossa entrega.

Transformem mais e desperdicem menos. A cultura vigente nos convida ao excesso. Consumimos compulsivamente tudo aquilo que nos é oferecido: bens, estética, informação, coisas gourmet, suplementos para o sucesso. A inovação nos imprime uma falsa ilusão de necessidade, sendo que, de fato, precisamos de muito pouco para viver. O resultado é uma espécie de irreverência diante daquilo que exprime tradição, do que é perene. Os valores se perdem quando a palavra “relicário” cai em desuso. Precisamos aprender a produzir menos lixo, menos toxinas, em todos os sentidos. Desafie-se a colocar para circulação tudo aquilo que não se faz mais pertinente em sua vida – dos armários às ideias. Não se trata de um gesto de generosidade, e sim de restituição ao mundo da energia que se mantém estagnada em si. Lembre-se que um peso morto dificulta o caminhar.

Vivam o presente. O passado não será alterado, por maior que seja a sua vontade. O futuro é uma possibilidade, à qual você poderá contribuir com seu envolvimento, mas que nunca será como o idealizado – pode ser melhor ou pior do que seus planos, a depender da forma como vê a vida. Da vida pregressa, retiramos a nostalgia do que foi bom, a melancolia do bom que poderia ter sido e a amargura do ruim que se teve. Do que vem à frente, emana o medo (quando não confiamos na nossa capacidade de reagir ao inesperado) ou a ansiedade (a vontade de vencer o tempo de maturação das coisas). O passado só nos trouxe até aqui. O futuro será determinado pelas escolhas que aqui fizermos. De fato, a única realidade que temos é a do agora. Presentificar-se é um desafio. De tão deslocados que estamos na linha do tempo, causa estranhamento tentar identificar as sensações, emoções, pensamentos e impressões que nos invadem no hoje, no já. Transformemos a atenção plena num exercício para desfrutar melhor daquilo que somos.

Outras Ondas: E o mundo não acabou

“Acreditei nessa conversa mole / Pensei que o mundo ia se acabar / E fui tratando de me despedir / E sem demora fui tratando de aproveitar / Beijei a boca de quem não devia / Peguei na mão de quem não conhecia / Dancei um samba em traje de maiô /E o tal do mundo não se acabou…” Os versos de Assis Valente, imortalizados por Carmen Miranda, caem bem nesse fim de 2012. Se você lê esse artigo antes do dia 21, a suposta data do apocalipse no calendário maia, faça suas preces e busque a remissão de suas faltas. Caso já tenha passado esta data, respire com alívio. Ainda não foi desta vez que vimos o mundo ruir. Será que não?

O anúncio do fim dos tempos mobilizou diversas civilizações ao longo da história. E ainda mobiliza, inclusive a nossa. O último livro da Bíblia – o livro que mais influencia os ocidentais, sendo eles judaico-cristãos ou não – narra em minúcias os últimos momentos da humanidade até o julgamento divino: um cenário catastrófico, propício ao julgamento das almas entre eleitos e condenados. Muitos ainda literalizam o conteúdo por lá apresentado. Esperam por carruagens de fogo que vêm dos céus. E pouco interpretam sobre os “fins dos tempos” que ocorrem para cada um, em momentos diferentes da vida.

A chamada para um fim tem, como pressuposto, o recomeçar. O fim do mundo surge como uma alegoria interessante, para que reflitamos sobre a nossa capacidade de reinvenção da própria história.  Tendemos ao desejo de destituição do erro e do sofrimento, mas dificilmente encaramos o desprendimento dos velhos padrões e paradigmas. Desta forma, preferimos acreditar que essa transformação é imposta de fora para dentro, ou seja, dos deuses aos homens. E assim validamos nossos problemas, ao transferir a origem deles ao mundo invisível, à corrupção, às limitações dos recursos. Deixamos de encarar nossa forte participação nos processos autodestrutivos. Queremos retornar ao paraíso, mas sem a angústia da perda – como se fosse possível encontrar o oásis sem enfrentar o deserto.

Assim como cantava Carmen, a expectativa por saber precisar a hora final vem com a finalidade de atender o desejo inconfessável: não ter amanhã é a forma de me revelar em minha natureza mais profunda, livre de qualquer questionamento ou represália. É uma pena que muitos ainda precisem de tais artifícios para serem o que sempre foram. Recalcamos muito das nossas verdadeiras vontades, características e opiniões em nome de um status ou para nos distanciarmos do julgamento dos outros – postura essa pouco propícia ao fortalecimento psíquico, visto que a felicidade está em nos afirmarmos diante daquilo que somos, em nossas características inatas.

A dor e o sofrimento derivam de uma frustrante constatação: não conseguimos viver com naturalidade uma série de papeis eleitos como “o melhor para ser e ter”, pautado no consumismo e em dinâmicas sociais deturpadas. A sociedade elege o que devemos ouvir, vestir, admirar, amar. Ignora assim a alma, que não consegue traduzir seus verdadeiros valores. Fragiliza o nosso poder de afirmação, enquanto indivíduos únicos, frente aos demais.

 Nesse período de fim (de mundo ou de ano, que seja), o chamado é para a reavaliação. Busque elaborar, dentro de si, quais são as suas potências natas abandonadas em negligência. O que está sendo mal aplicado, ou seja, a potência que virou defeito em vez de qualidade. Onde cabe reparação, quais conteúdos devem ficar para trás, permitindo que a vida siga à frente. Não tenha medo de se encarar: esse é apenas o começo de sua nova vida.

O orixá de 2012 – por iyá Stella Azevedo Ode Kayodê

Esse blog é autoral. Mas, por concordar com os ensinamentos de iyá Stella de Oxóssi, iyalorixá do ilustre Ile Ase Opo Afonjá, dedici reproduzir o artigo produzido por ela para o jornal A Tarde, de Salvador (BA). No começo do ano a polêmica é sempre a mesma: qual orixá regente para o período que se inicia? 

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Foto: Margarida Neide /Ag. A TARDE/ 08.11.2011

Este é um artigo que possui objetivo esclarecedor. Tentarei tornar compreensível um assunto que surge todo princípio de ano. A imprensa faz reportagens e as pessoas indagam uma das outras ou perguntam a si mesmas sobre o orixá que influenciará o novo ano que surge. Fazem isso na tentativa de adivinhar o que é preciso ser DIVINADO.

Adivinhar é fazer conjecturas sobre um tema usando a intuição, o que todo ser humano pode fazer. Divinar, todavia, é entrar em comunicação com o sagrado, através de rituais guiados por sacerdotes. É claro que todo ser vivo, por possuir uma parcela divina, é capaz de se conectar com os deuses. Mas a utilização de oráculos, os quais fornecem informações mais precisas sobre o destino da comunidade, requer uma preparação especial e um estilo de vida que propicia à intuição, inerente a todos, apresentar-se de maneira muita mais clara. A intuição se transforma aqui em revelação: quando os véus que encobrem os mistérios são retirados pelos deuses, a fim de que nossa jornada aconteça de uma maneira orientada e, assim, possamos cumprir a tarefa que nos foi legada com o mínimo de percalços possível, o que torna a vida bem mais leve.

Os leitores acostumados com os artigos que escrevo poderão estranhar a formalidade deste texto. É que “há tempo para tudo”: para contar anedotas, falar poesias, refletir sobre a vida… Esse tema pede seriedade! Faço isso porque creio ser a imprensa o meio ideal para esclarecer assuntos, que só não são melhor comentados por falta de oportunidade e conhecimento. Tendo agora essa oportunidade que me é dada pelo jornal A TARDE não quero desperdiçá-la. Mesmo tendo eu a consciência de que nada se modifica de um dia para o outro, aproveitarei o momento para tentar fazer com que a população melhor compreenda as respostas do oráculo trazido pelos africanos para o Brasil, esperando que as sementes aqui jogadas possam um dia florescer e dar bons frutos.

A pergunta correta não é qual o orixá que rege o ano, e sim qual o orixá que rege o ano para aquelas pessoas que cultuam estas divindades e estão vinculadas à comunidade em que o Jogo de Búzios foi utilizado. Se isso não for bem esclarecido e, consequentemente, bem compreendido, parece que todos os sacerdotes erram em suas respostas, uma vez que uma Iyalorixá diz que o orixá do ano é Iyemanjá, enquanto outra diz que é Oxum, ou um Babalorixá diz que é Oxossi. Mesmo correndo o risco de o texto ficar enfadonho, insistirei em alguns pontos, a fim de elucidá-los melhor. No nosso Terreiro, o Ilê Axé Opo Afonjá, o regente do ano 2012 é Xangô. A referida divindade, que se revelou no Jogo feito por mim, não está comandando o mundo inteiro, nem mesmo o Brasil ou a Bahia. Ela é o guia das pessoas que, de uma maneira ou outra (mais profunda – como é o caso dos iniciados; ou mais superficial – os devotos que freqüentam a “Casa”), estão vinculadas a mim enquanto Iyalorixá, ou ao Terreiro em questão.

O leitor, diante dessa explicação, poderá ficar confuso e sentir necessidade de perguntar: “E eu, que não cultuo orixá e não tenho relação com o Candomblé, não serei orientado nem protegido por nenhuma divindade?”. A resposta é: Claro que sim! Por aquela que você cultua ou acredita. Um católico, ou um protestante, será guiado pelos ensinamentos de Jesus; um budista, pelas sábias orientações de Buda… Outra pergunta ainda poderá surgir: “E quanto às pessoas que não são religiosas, elas ficarão a toa?”. Não, é claro que não. Essas serão guiadas e orientadas pela natureza, que é a presença concreta do Deus abstrato. Seus instintos, protegidos por suas cabeças e corações, conduzirão suas vidas de modo que seus passos sigam sempre na direção correta.

Que Xangô – divindade da eloqüência, da estratégia, do fogo que produz o movimento necessário a todo tipo de prosperidade – possa receber, de meus filhos espirituais, cultos suficientes para que fortalecido possa torná-los cada vez mais fortes para enfrentar as intempéries que todo ano traz consigo. Obrigado Ano Velho pelas experiências passadas para Ano Novo.

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Clique aqui para ler o conteúdo no site do jornal A Tarde.

Correio Braziliense: Simpatias, superstições e cores para o réveillon

O Correio Braziliense publicou hoje uma reportagem da jornalista Mara Puljiz sobre simpatias e superstições de ano-novo. Colaborei com informações sobre os rituais e com dicas de cores para a hora da virada. A reportagem, na íntegra, está disponível abaixo. E minha participação no parágrafo em destaque.

Confira algumas dicas de cores e simpatias para começar 2011

Escolher uma cor especial para as roupas, comer lentilhas, guardar caroços de romã, fazer oferendas a Yemanjá e pular três vezes com o pé direito segurando uma taça de espumante são alguns dos rituais muito praticados na passagem do ano. Mesmo quem não é supersticioso costuma aderir ao momento místico

Mara Puljiz

Contagem regressiva para 2011. Faltam dois dias para o réveillon e é hora de refletir sobre o ano que ficou para trás. Momento de reviver as alegrias e pensar positivo para os 365 dias que virão. Felicidade, dinheiro, amor, paz e saúde são os desejos mais comuns. Mas não basta desejar. Para garantir boas vibrações em 2011, há quem acredite na força das cores e nas simpatias (veja quadro). Usar branco para ter paz, comer lentilhas ou guardar caroços de romã para sempre ter dinheiro, usar calcinha rosa para conquistar uma nova paixão, entre outras, estão entre as superstições mais tradicionais para atrair prosperidade. Quem faz garante que dá certo.

A estudante de administração Sarah Jaber Cardoso, 21 anos, costuma passar o réveillon vestida de branco. Este ano, grávida do primeiro filho — se chamará João Gabriel —, a jovem quer usar algo diferente para trazer sorte e saúde para o pequeno, além de felicidade ao lado de Márcio Leandro Macedo, 24, seu namorado. Sarah ainda não decidiu pela roupa, mas garante que a escolha dependerá do seu estado de espírito, em sintonia com o significado de cada cor. Ela está na dúvida entre vermelho, verde e amarelo. Supersticiosa, ainda promete comer três caroços de romã, em homenagem aos três Reis Magos, e guardar outros quatro deles enrolados em uma nota de R$ 2 dentro da carteira durante o ano inteiro, sem gastar a cédula. No ano seguinte, a nota será doada. “Acredito muito nessa simpatia. Faço isso para não faltar dinheiro dentro da carteira e tem funcionado”, garantiu ela.

Sarah mora no Setor Tradicional de Planaltina e compartilha com a família as simpatias. Quando o relógio marca meia-noite, ela e todos de casa também não deixam de comer lentilhas. “Normalmente fizemos festa em família. Este ano, todo nós vamos comemorar a virada numa chácara. Tudo o que eu quero para 2011 é muita paz e saúde para o meu filho, João Gabriel. É um ano muito especial para mim”, destacou.

Sal grosso
A estudante de direito Ana Paula Bezerra Godoi, 23 anos, não se considera supersticiosa, mas há quatro anos não abre mão de tomar banho de sal grosso na noite da virada. “É regra eu fazer isso porque acredito que o banho limpa tudo de ruim que aconteceu no ano”, explicou a moradora de Sobradinho. Por influência de uma tia, Ana Paula também costuma usar calcinha amarela. “Não parei para ver se melhorou, mas na dúvida, eu uso”, diverte-se. Quem também compra uma peça íntima a cada réveillon é a babá Cleuza Bento Rodrigues, 37 anos. No ano passado, a moradora do Paranoá vestiu três calcinhas diferentes —uma branca, uma amarela e outra vermelha. “Usei uma em cima da outra para trazer paz, amor e esperança.”

Desta vez, Cleuza resolveu apostar na calcinha branca. “Esse ano eu quero mais paz e felicidade”, explicou. A par das preferências dos clientes, os comerciantes investiram nas compras dos acessórios mais diversificados. Nas lojas do Plano Piloto, é possível encontrar modelos de calcinha com o trevo da sorte e o emblema da cédula. “Todo dia saem umas quatro dessas aqui. As clientes estão procurando muita peça assim para passar o ano-novo”, disse a vendedora Raíssa Siqueira Reis, 18 anos.

Na casa do servidor público José Fernandes Melis, 49 anos, na QE 26 do Guará II, é tradição cada membro da família comer 12 sementes de uva verde e um punhado de lentilhas. “É assim há 10 anos. Acredito que traz sorte e vibrações boas”, avaliou. José passou a usar camisa amarela no ano-novo, mas antes não acreditava muito nas crenças e simpatias. Depois de ouvir tantas pessoas comentarem, resolveu experimentar. “Foi uma curiosidade que despertou em mim e que deu certo. É bom a gente acreditar. Até agora tem dado certo em todos os aspectos, como na saúde e financeiramente. Mas tendo saúde e paz é o que importa de verdade. O resto a gente corre atrás”, disse.

Questão de fé
Para o tarólogo e analista junguiano João Rafael Torres, os rituais constituem um dos valores culturais mais importantes da humanidade. “Acredita-se, inclusive, que tenham ajudado a moldar a vida em sociedade, se pensarmos neles como a origem de todas as religiões”, completou. João Rafael acredita que quando se faz um ritual, como as simpatias da passagem de ano, cria-se um marco para o momento. “Os elementos escolhidos evocam sempre um valor simbólico do que se deseja atrair ou afastar. Por isso, é comum ver o uso de sementes e moedas em rituais de prosperidade.” Mas o tarólogo lembra: nada flui quando não se crê no que foi feito. “Só a partir da crença é que conseguimos mobilizar a energia psíquica necessária para promover a transformação desejada. O ritual é uma forma de marcarmos internamente nossos propósitos. Ele promove uma conexão simbólica com o inconsciente, que proverá com respostas e transformações para nossa vida”, ensina.

nivas gallo