Self

Finíssimo: Como encarar as previsões para o ano novo?

As previsões da passagem do ano, tema de interesse de muitas pessoas, foi o tema da entrevista que convedi ao jornalista Marcelo Chaves, colunista do site Finíssimo. O resultado você vê aqui.

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Como encarar as previsões para o ano novo? Vem ver!

Psicanalista junguiano e criador do método Tarot Analítico, o brasiliense João Rafael Torres recebeu o Finíssimo em seu consultório, para ensinar como encarar e absorver corretamente as previsões para o ano que se inicia.

Para ele, os oráculos são instrumentos fantásticos para orientar nosso futuro, por promoverem uma ampliação de consciência ao revelar aspectos de nossas vidas até então desconhecidos, sempre de maneira criteriosa e séria.

“No entanto, precisamos aprender a lidar com eles. As previsões estão baseadas no desdobramento do que somos hoje. Nosso futuro é reflexo do nosso presente. Tendo essa noção, podemos absorver o que elas dizem da melhor forma”.

“O ideal é revisar as pendências acumuladas até agora, avaliar quem você é e o que pode fazer para se relacionar melhor com o mundo. Assim, terá mais chances de transformar 2013 no melhor ano de sua vida”, recomenda o psicanalista.

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Clique aqui para ler a reportagem no Finíssimo.

Foco: O que esperar de 2012

Escrevi um curto artigo para a edição de fevereiro da revista Foco sobre a busca das pessoas por previsões. Na verdade, um contraponto sobre o uso dos oráculos com essa finalidade. Reproduzo o conteúdo abaixo. 

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O homem se difere dos animais por ter consciência de si mesmo, do futuro e da morte. Por esse motivo, sempre buscou formas de compreender o mundo que os envolve. Uma delas é a crença no mágico, no invisível. A partir de sonhos, deuses e oráculos, o homem tenta interpretar os desígnios desse mundo transcendente. Essa é a base das filosofias e religiões.

A preocupação com o futuro fica mais evidente a cada início de ano. É um movimento natural: o início de um novo ciclo traz consigo a crença da renovação e de novos desafios. E todos querem estar preparados para aproveitar as melhores oportunidades, mantendo a precaução diante das adversidades. Tarot, I Ching e búzios, entre outros oráculos, podem oferecer um bom subsídio para isso. Mas é necessário ter certas precauções.

A função maior dessas práticas não é de oferecer certezas, e sim de propor novos questionamentos sobre o tema que se analisa. Já era assim na antiguidade. Quando um grego recorria ao Delfos, ele buscava novos subsídios para refletir sobre a ação dos deuses (afetos) sobre si. O oráculo é capaz de despejar a luz da consciência sobre os pontos cegos na nossa visão. E, com uma visão mais clara da realidade, estamos mais aptos a construir o futuro que tanto desejamos.

Assim sendo, creia nas promessas e advertências que os oráculos oferecem. Mas acredite duvidando: de si, das circunstâncias. A interpretação deve ser simbólica e não literal. Não se apegue a determinismos, a certezas. Nenhuma realidade é estanque, pois nossa alma não é estanque. Tudo pode se transformar, a depender da nossa vontade, pensamentos e ações. O oráculo é eficiente se põe em xeque nossas certezas. E quando, a partir disso, nos tornamos pessoas mais conscientes e fieis ao nosso papel no mundo.

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Clique aqui para ler o artigo no site da revista.

 

 

CBN: Tarot Analítico e oráculos para o fim de ano

No dia 14 de dezembro de 2011, concedi uma entrevista ao repórter Brunno Melo, da Rádio CBN, sobre a eficácia de oráculos para o planejamento do ano novo. O conteúdo foi veiculado no dia 16 de dezembro, com reapresentações na programação da rádio. Reproduzo o link para o material logo abaixo. 

 

CBN: Tarot Analítico e oraculos para o fim de ano by joaorafatorres

Terceiro Milênio: Tarot Analítico

Replico aqui artigo de minha autoria sobre o método Tarot Analítico. O texto foi publicado na edição de fevereiro da revista Terceiro Milênio.

Tarot Analítico: o oráculo interpretado a partir da optica junguiana

O fascínio pelos oráculos é fruto da consciência do homem de que terá um futuro – o que pode ser uma dádiva ou um castigo a depender do momento e de quem observa. A prática oracular é ancestral e tem origem incerta. Acredita-se que surgiu a partir da observação de fenômenos naturais e da correlação destes mesmos acontecimentos com fatos da vida cotidiana. Com o tempo, passou a ser interpretada como tentativa de preleção do futuro e, posteriormente, como instrumento de orientação.

É seguro dizer que os oráculos tiveram uma participação ativa no papel de formação das civilizações e que estão presentes em todas as culturas. Junto com elas, os oráculos sofrem adaptações e atualizações – basta observar os inúmeros oráculos eletrônicos que temos na atualidade e a eficácia atestada por indivíduos que a eles recorrem.

O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, criador da Psicologia Analítica, estudou atentamente a participação da mística no funcionamento da psique. Naturalmente, encontrou nos oráculos um campo fértil de pesquisa, dedicando-se principalmente à astrologia e ao I Ching. Jung concordava que os instrumentos promoviam um diálogo franco com forças invisíveis. Mas, em vez de espíritos e gênios, ouvia nos oráculos a voz do inconsciente. Ao receber essa interpretação, os sortilégios ganham outra roupagem: se transformam em veículos interessantes ao processo de autoconhecimento.

O tarot, um dos oráculos mais populares no mundo ocidental contemporâneo, pode ser uma ferramenta eficiente para esse propósito. Ele corresponde a um mapa da jornada do indivíduo rumo à plenitude, construído a partir de imagens arquetípicas – padrões resultantes de todas as experiências humanas, partilhados por todos, e que são capazes de nortear nossos comportamentos, pensamentos e emoções. No momento em que um grupo de cartas é selecionado, temos a visão de um recorte deste mapa, capaz de nos situar sobre os conflitos que enfrentamos, a melhor forma a transpor tais barreiras e a recompensa atingida por este esforço. Pela óptica junguiana, quem nos dá esse indicativo é o Self, a representação da totalidade psíquica, a “centelha divina” que nos habita com sua sabedoria inata.

Essas são as premissas que usei para desenvolver o método Tarot Analítico, que mescla os conceitos da psicologia junguiana à leitura das cartas. A partir dos símbolos e mitos presentes em cada arcano, o consulente é chamado a refletir sobre os padrões emocionais, expectativas e negligências vividas no momento – e também sobre a participação de cada um desses aspectos na manutenção do problema, em vez da solução do mesmo. Ou seja, o tarot convida à autoanálise e, com ela, é capaz de promover a ampliação da consciência.

Enxergar o oráculo como uma chave para o autoconhecimento e desenvolvimento pessoal é, antes de tudo, confiar que podemos ser guiados com sabedoria por esse invisível – sendo ele chamado de Deus, de Self etc. O oráculo desmascara a nossa tentativa de controle exaustivo, mas também nos desperta a agir. Dá a clareza necessária para o entendimento da postura adotada diante dos nossos objetivos, e do que precisa ser feito para que possamos alcançá-los. Aprendemos a medir nossos medos e ansiedades. Entendemos sobre a verdadeira função dos outros em nossa vida, e vice-versa. Com ele, nos tornamos mais responsáveis pelo futuro que tanto desejamos.

(http://www.terceiromilenionline.com.br/105/tarot.php)

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